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CARCINOMA DE HIPOFARINGE


Localizações e sub-localizações anatômicas

1. Supra glote
(i) Epiglote supra-hioidea [incluindo extremidade, superfícies lingual e laríngea
(ii) Prega ariepiglótica, face laríngea
(iii) Aritenoide
(iv) Epiglote infra-hioidea
(v) Pregas vestibulares (falsas cordas)
2. Glote
(i) Pregas vocais (verdadeiras)
(ii) Comissura anterior
(iii) Comissura posterior
3. Sub glote



1. CLASSIFICAÇÃO DOS SUB SÍTIOS ANATÔMICOS - CID 10

C32 - Neoplasia maligna da laringe
C32.0 - Glote
C32.1 - Região supraglótica
C32.2 - Região subglótica
C32.3 - Cartilagens da laringe
C32.8 - Lesão invasiva da laringe
C32.9 - Laringe não especificada



2. CLASSIFICAÇÃO TNM - AJC-UICC, 2009

T -Tumor Primário
TX - O tumor primário não pode ser avaliado
T0 - Não há evidência de tumor primário
Tis - Carcinoma in situ

SUPRA GLOTE
T1 - Tumor limitado a uma sub-localização anatômica da supra glote, com mobilidade normal da prega vocal
T2 - Tumor que invade a mucosa de mais de uma sub localização anatômica adjacente da supra glote ou a glote ou região externa à supra glote (p. ex., a mucosa da base da língua, a valécula, a parede medial do seio piriforme), sem fixação da laringe
T3 - Tumor limitado à laringe com fixação da prega vocal e/ou invasão de qualquer uma das seguintes estruturas: área pós-cricoide, tecidos pré-epiglóticos, espaço para-glótico, e/ou com erosão mínima da cartilagem tireoide (p. ex., córtex interna)
T4a - Tumor que invade toda a cartilagem tireoide e/ou estende-se aos tecidos além da laringe, p. ex., traqueia, partes moles do pescoço, incluindo músculos profundos/extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, palatoglosso e estiloglosso), alça muscular, tireoide e esôfago
T4b - Tumor que invade o espaço pré-vertebral, estruturas mediastinais ou adjacente a artéria carótida

GLOTE
T1 - Tumor limitado à(s) prega(s) vocal(ais) (pode envolver a comissura anterior ou posterior), com mobilidade normal da(s) prega(s) vocal(s)
T1a - Tumor limitado a uma prega vocal
T1b - Tumor que envolve ambas as pregas vocais
T2 - Tumor que se estende à supra glote e/ou sub glote, e/ou com mobilidade diminuída da prega vocal
T3 - Tumor limitado à laringe, com fixação da prega vocal e/ou que invade o espaço para-glótico, e/ou com erosão mínima da cartilagem tireoide (p.ex., córtex interna)
T4a - Tumor que invade completamente a cartilagem tireoide, ou estende-se aos tecidos além da laringe, p.ex., traqueia, partes moles do pescoço, incluindo músculos os profundos/extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, palatoglosso e estiloglosso), alça muscular, tireoide e esôfago
T4b - Tumor que invade o espaço pré-vertebral, estruturas mediastinais ou adjacente a artéria carótida

SUBGLOTE
T1 - Tumor limitado à sub glote
T2 - Tumor que se estende à(s) prega(s) vocal(is), com mobilidade normal ou reduzida
T3 - Tumor limitado à laringe, com fixação da prega vocal
T4a - Tumor que invade a cartilagem cricoide ou tireoide e/ou estende-se a outros tecidos além da laringe, p. ex., traqueia, partes moles do pescoço, incluindo músculos profundos/extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, palatoglosso e estiloglosso), tireoide e esôfago
T4b - Tumor que invade o espaço pré-vertebral, estruturas mediastinais ou adjacente a artéria carótida

LINFONODOS REGIONAIS
NX - Os linfonodos regionais não podem ser avaliados
N0 - Ausência de metástase em linfonodos regionais
N1 - Metástase em um único linfonodo homolateral, com 3 cm ou menos em sua maior dimensão
N2 - Metástase em um único linfonodo homolateral, com mais de 3 cm até 6 cm em sua maior dimensão; ou em linfonodos homolaterais múltiplos, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão; ou em linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão
N2a - Metástase em um único linfonodo homolateral, com mais de 3 cm até 6 cm em sua maior dimensão
N2b - Metástase em linfonodos homolaterais múltiplos, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão
N2c Metástase em linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão
N3 - Metástase em linfonodo com mais de 6 cm em sua maior dimensão
Nota: Os linfonodos de linha média são considerados linfonodos homolaterais.

METÁSTASE A DISTÂNCIA
MX - A presença de metástase a distância não pode ser avaliada
M0 - Ausência de metástase a distância
M1 - Metástase a distância

Grupamento por Estádios
Estádio 0 - Tis N0 M0
Estádio I - T1 N0 M0
Estádio II - T2 N0 M0
Estádio III - T1, T2 N1 M0, T3 N0, N1 M0
Estádio IVA - T1, T2, T3 N2 M0, T4a N0, N1, N2 M0
Estádio IVB - T4b Qualquer N M0, Qualquer T N3 M0
Estádio IVC - Qualquer T Qualquer N M1



3. AVALIAÇÃO PRÉ TRATAMENTO

À primeira consulta os pacientes com tumor de laringe serão submetidos à seguinte rotina;

1) EXAME LOCO-REGIONAL
2) BIÓPSIA (revisão de lâmina caso biópsia externa) preferencialmente por nasofibroscopia.
3) LARINGOSCOPIA DE SUSPENSÃO nos casos com 2 biópsias negativas e/ou situações de difícil estadiamento.
4) TOMOGRAFIA PESCOÇO
5) RADIOGRAFIA SIMPLES DE TÓRAX
6) ROTINA SANGUE (incluindo pré-albumina / albumina / proteína C reativa)
7) TOMOGRAFIA TÓRAX (para casos com EC IV e/ou alteração à radiografia simples)
8) AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
9) AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO
10) ESTOMATOLOGIA
11) SERVIÇO SOCIAL
12) PSICOLOGIA



4. DIRETRIZES DO TRATAMENTO

ESTÁDIO CLÍNICO I:

Supra glote
→  Radioterapia exclusiva
→  Cirurgia Endoscópica (lesões restritas à epiglote)
Na falha da radioterapia:
Laringectomia horizontal supraglótica – LHSG
Laringectomia supracricóide, se envolvimento glótico
Laringectomia total na impossibilidade de laringectomia parcial

Glote
→  Cirurgia endoscópica (cordectomia): lesões de 1/3 médio da prega vocal
→  Cordectomia via laringofissura
→  Laringectomia fronto-lateral - LFL Laringectomia supra cricóide - LSC
Opção: Radioterapia exclusiva

Subglote:
→  Radioterapia exclusiva
NOTA: As considerações sobre qualidade de voz para o paciente (por exemplo,uso profissional da voz), possibilidade de realizar o seguimento adequado, a disponibilidade de material adequado e equipe treinada no caso da opção por ressecção endoscópica deverão ser considerados na escolha do tratamento.


ESTÁDIO CLÍNICO II

Supraglote
→  Laringectomia horizontal supraglótica nas lesões de epiglote com extensão à prega vestibular
→  Laringectomia supracricóide nas lesões com extensão à glote
→  Radioterapia para lesões sem possibilidade de cirurgia conservadora
→  Laringectomia total
Opção: Radioterapia exclusiva

Glote
→  Laringectomia supracricóide nas lesões com comprometimento de ambas as pregas vocais, sem envolvimento da comissura posterior.
→  Radioterapia para lesões com indicação de laringectomia total
→  Laringectomia total

Subglote
→  Laringectomia total
NOTA: As considerações sobre qualidade de voz para o paciente (por exemplo,uso profissional da voz), possibilidade de realizar o seguimento adequado, a disponibilidade de material adequado e equipe treinada no caso da opção por ressecção endoscópica deverão ser considerados na escolha do tratamento.


ESTÁDIO CLÍNICO III

Supraglote e glote
→  Radioquimioterapia concomitantes para pacientes com laringe funcionante e candidatos à laringectomia total.
→  Cirurgia para demais casos

Subglote
→  Laringectomia total


ESTÁDIO CLÍNICO IV

Supraglote, glote e subglote
→  Cirurgia + radioterapia
NOTA: Invasão maciça do espaço paraglótico com extravasamento para partes moles do pescoço, através da membrana cricotireóidea é indicação para lobectomia tireóidea ipsilateral.


TRATAMENTO DO PESCOÇO – EC I
→  Observação


TRATAMENTO DO PESCOÇO – EC II / III / IV Supraglote
→  N0: Esvaziamento Cervical Seletivo níveis II – IV ipsilateral.
→  N+: Esvaziamento Cervical Radical Modificado.
Obs.: se N1, esvaziamento dos níveis II a V, lesão de epiglote e/ou que cruze a linha média e/ou com N+ ipsilateral, contemplar esvaziamento cervical bilateral.

Glote
→  N0: Esvaziamento Cervical Seletivo níveis II – IV ipsilateral para EC II e III e bilateral para EC IV.
→  N+: Esvaziamento Cervical Radical Modificado
Obs.: se N1, esvaziamento dos níveis II a V

Subglote
→  N0: Esvaziamento Cervical Seletivo níveis II – IV e nível VI
→  N+: Esvaziamento Cervical Radical Modificado incluindo nível VI
Obs.: se N1, esvaziamento dos níveis II a V


TRATAMENTO COMPLEMENTAR

→  Radio-quimioterapia (sítio primário): casos de margens (recortadas) positivas ao exame histopatológico, lesões T4, infiltração perineural presente.
→  Radio-quimioterapia (campos de drenagem cervical): casos em que o exame histopatológico evidenciar pN+, exceto aqueles pN1 sem ruptura capsular microscópica na primeira estação de drenagem com até 2 cm.


SEGUIMENTO AMBULATORIAL

1. Reabilitação fonoaudiológica e/ou protética: Revisão ambulatorial logo após a alta hospitalar.
2. Retorno mensal nos primeiros dezoito meses de pós-operatório. Trimestral até o quinto ano e semestral ou anual após.
3. Solicitar radiografia de tórax anualmente ou aos mínimos sintomas de anormalidades pulmonares.
4. Acesso facilitado ao ambulatório, fora dos horários ordinários agendados, caso manifestem-se quaisquer sintomas potencialmente associados à recorrência tumoral.
5. Avaliação nutricional, psicológica e do serviço social pré tratamento e seguimento ambulatorial regular pós tratamento.
6. Testes de função tireóidea um mês após o término do tratamento, seis meses após e então anualmente nos casos submetidos à radioterapia no pescoço.
NOTA: Em todos os casos submetidos à radioterapia e quimioterapia, realização de exame de imagem (CT pescoço) e fibrolaringoscopia após 30 dias de término do tratamento. Nos casos com suspeita de recidiva: Biópsia para confirmação diagnóstica: fibrolaringoscopia, laringoscopia direta Nos casos de persistência da suspeita de recidiva com biópsia (-): 1.CT 2.RNM 3. FDG-PET- CT

 
 
 

COP - Centro de Oncologia e Pesquisa
Rua Virgílio Gomes Barreto, 349 - Vila Nova - Colatina/ES    |    Tel.: (27) 3120-4117 e (27) 3120-4118

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